Bem-vindos à nova dimensão... seqüenciador de sonhos online.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Entrevista com o Troll *em uma TV rachada*

A Lais me passou uma maldição... digo... um meme novo, desses bem reveladores. Então decidi responder do meu jeito, pra variar. Curtam.

  • Nome: Addam. Mas meus pais me apelidaram de Marcelo, ao nascer.
  • Idade: Mental 14, emocional 8, mas testes de carbono dirão 26.
  • Local de nascimento: No interiorrrr.
  • Peso: Pesado.
  • Altura: Só sei q aqui em cima é frio.
  • Apelido de infância: Marcelo, já falei lá em cima.
  • Qual sua melhor qualidade: Transparência.
  • E qual seu maior defeito: Tão transparente q garçons não me vêem.
  • Qual a característica mais importante em um homem? Cromossomos XY.
  • E em uma mulher? Cromossomos XX.
  • Qual sua idéia de felicidade? Dinheiro, mulé e bicho de pé! (de q adianta a mulé se o bicho não ficar de pé?)
  • E o que seria a maior das tragédias? A Ana Maria Braga na capa da Playboy.
  • Quem você gostaria de ser se não fosse você mesmo? Alguém q eu ame.
  • E onde gostaria de viver? Plutão. ADORO frio!
  • Qual sua cor favorita? Verde-plutão. (e quem é vc pra dizer q NÃO é verde?)
  • E seu desenho animado? Ursinhos carinhosos. Adorava as crises existenciais do Malvado, dá licença?
  • Quais são seus escritores preferidos? Os da minha estante, ué.
  • E seus cantores e/ou grupos musicais? Ah, muita coisa... só fuçando meus MP3, com paciência.
  • O que te faz feliz instantaneamente? Música boa e pesada, q empolga e levanta a alma.
  • Quais dons você gostaria de possuir? Dons ou dotes? Xiiiiiii...
  • Quem é seu personagem de ficção favorito? Eu mesmo, segundo algumas pessoas.
  • Qual defeito é mais fácil perdoar? Os meus... todos. São tantos q é perdoá-los ou não levantar da cama.
  • Qual é o lema de sua vida? Carpe diem.
  • Qual sua maior extravagância? Ficar meia hora na frente do espelho ajeitando a barba.
  • Qual sua viagem preferida? Ácido. Huahahaha! Sei lá!
  • Se pudesse salvar apenas um objeto de um incêndio, qual seria? Eu sou capitão da brigada de incêndio, no trabalho. NADA se queimaria e tudo seria salvo!
  • Onde e quando foi mais feliz? Injusto pedir só um momento.
  • Qual sua ocupação favorita? Sexo. Ah, e narguilé. Quero a chance de misturar os dois...
  • Pensa em ter filhos? Se for metade do pentelho q eu fui, pago todos meus pecados... e olha q são MUITOS.
  • Um animal de estimação: Sim, tenho.
  • Uma atividade física: Sexo. Ou alguém esperava resposta diferente?
  • Um esporte: Sexo. Vai cansar de ler isso...
  • Um prato que sabe fazer: De papel machê. Nem argila rola.
  • Uma comida que gosta: A minha... faço pouco, mas o q faço mando benzão.
  • Uma invenção tecnológica sem a qual não vive: MP3 Player. PRECISO de trilha sonora, ué.
  • Gasta mais dinheiro com: Sexo. Motel. ;-)
  • Uma inabilidade: Sexo. Só pra não perder o hábito.
  • O que não faria em nome da vaidade? Sexo. Faço pelo ego.
  • Uma mania: Sexo. OK, OK, eu mudo. Morder... durante o sexo. ;-)
  • Uma saudade: Muitas, na verdade. Mas uma IMENSA, mais recentemente.
  • O primeiro beijo: Pode nem ter sido tão bom quanto o último, mas e daí?

Picapau

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Verbete I *dos compêndios médicos do Palácio*

amor [do Lat. amore]

substantivo masculino,
viva afeição que nos impele para o objecto dos nossos desejos;
inclinação da alma e do coração;
objecto da nossa afeição;
paixão;
afecto;

ant.,
com -: com muito gosto, com zelo;
fazer -: ter relações sexuais;

loc. prep.,
por - de: por causa de;
por - de Deus: por caridade;
ter - à pele: ser prudente, não arriscar a vida;

poesia,
Tola e sutil semente que faz-se flor ao coração, regada de sangue, pq assim é o amor. Planta q vem crescer e faz raízes em mim, q vem abraçar e nutrir o coração na fotossíntese insana daquele beijo em q roubamos o sol. Mas q arrancada, como se da terra rasgada, me doeria no vazio.

substantivo feminino,
doce veneno às veias do Troll


Misplaced Heart, de 'superkev no DeviantART.

domingo, 23 de novembro de 2008

Éden *cânticos ao portal*

O repouso, o descanso além das águas negras do Styx. Deito-me às planícies com a sensação de que posso realmente caminhar até o palácio de Kronos e o trono de Rhadamanthys. Vejo passar ante mim as imagens daqueles guerreiros levados pelo próprio Zeus, em tão imensa honraria. Gosto de fechar os olhos e abrir a mente, visitar o Elísio. Ao sangue pulsam memórias da antigüidade dos homens e de seus deuses esquecidos.

- Você está aqui.

Desperto do transe ao som dessa voz tão suave e percebo-me perdido com o olhar àquelas águas. A forma como vêm correr lânguidas após a explosão da cachoeira atrás de mim, o som que reverbera por todo o local, anunciando q a água não encontra barreiras e tenta voar. Gotas minúsculas que por vezes refrescam-me em brisa, pousando à pele. Os dedos dela me tocando os braços e me fazendo buscar-lhe os olhos, o castanho tão belo e vibrante, escuro, que vem em vagas levar-me por aquela alma e me puxar para o fundo.

- Nem acredito que você está aqui.

Como digo a ela que por alguns instantes eu não estive? Tudo aqui é tão estranhamente familiar, como se conhecesse tudo de sonhos. Esse lugar me buscou por quanto tempo? Certas memórias, pedaços de mim, se estendendo para tocar todo o local. A explosão das águas, a queda, a perda do potencial. Desbravar o ar, em desafio, e então se ver forçado a correr pelas entranhas do mundo, pelos sulcos da terra, tal qual serpente. Até encontrar o mar e tornar-se o leviatã que são Sammael e Lilith. A água não conhece liberdade. Lembro-me do bater contra a pedra.

- Reconhecendo algo?

Sim, muito... mais do que minhas palavras conseguem dizer a ela. Essa estranha sensação de sentir-me em casa, de crescer para abraçar o mundo. Uma força selvagem, indomada por homens ou anjos. Volúvel como apenas forças da natureza sabem ser. Volátil, como os sábios de outrora aprenderam a respeitar. O ser humano realmente aprendeu a domar a Criação e subestimar-lhe a força. O olhar desliza até a cachoeira uma vez mais, enquanto esse abraço se aperta entre nós, intenso e infecto de um sentimento grande demais para caber ao meu peito.

- Vou te mostrar onde ela realmente pulsa.

Palavras que trazem certa euforia, enquanto mergulho de volta àqueles castanhos tão fortes e perigosos. Os lábios não contendo mais a vontade de existirem junto aos dela, um beijo tão intenso que mesmo o céu cinzento quis deixar existir. Por esses instantes, o sol teimando em rasgar as nuvens e vir banhar-nos de luz. Uma bênção de nossas próprias forças, me fazendo crescer as asas. Desafiando o mundo, os homens, anjos e arcanjos, a virem tirar-me essa luz. Confronta a Estrela Matutina os caprichos dos outros primogênitos.

Meus olhos buscam-na em meio a esse devorar mútuo de lábios e um pedido sussurrado:

"Me ajuda a guardar o sol nesse beijo".

Perco-me. Jogado em delírios desse amor. Resgatado por seus braços. Vivo, na certeza de que o sangue ainda pulsa. Existindo no pulsar do mundo.

A ti. Essas palavras, como aquele momento. Todo poder, toda honra e toda glória.


Foto by poisongirl.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Peçonha *silvos ao pomar*

Gosto de maçãs.

Da mordida à casca, o cortar com os dentes, o sabor.
A boca deslizando pela textura, e ela desmancha.
O doce e envolvente aroma dessa fruta venenosa.
Preenche a boca, tocando a língua, perdição e prazer.

Meus lábios no fechar sobre a vermelha pele úmida.
Perdido em devorar promessa de puro pecado.
Os dedos, o firme toque, tomar pra mim o fruto.
A beleza, tantos tons que transparecem suculência.

Hoje, não sei que bruxa foi justo àquela maçã mexer.
Mas peçonha como aquela eu nunca havia provado.
Amaldiçoada a mordida, mas abençoado é o corpo.
Vem doce veneno, tomando as forças, a me derrubar.

O chão é frio, o mármore quer gelar-me até os ossos.
Caído, sinto a respiração falhar, o peito apertando.
Por aqueles instantes, tudo parece dor e eu grito.
Quando tudo que eu quero é só uma mordida a mais.

Gosto de maçãs.

Poison__by_punkredneck
Poison, de ~punkredneck, no deviantART

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Camadas *nos vazios salões do Palácio*

A máscara era belíssima. Toda cravejada em jóias, toda em metal nobre, polida, reluzente, só as pequenas ranhuras e os arranhões quase invisíveis que nem o cuidado minucioso saberia retirar, do dia-a-dia. Algo de uma presença palatável, uma máscara de olhares resolutos e retumbantes. E essa, em meio à dança, aqueles dedos delicados da moça tiraram com delicadeza. Ele precisaria dela, quando se despedissem, mas era o jeito dela pedir que não a usasse quando estivessem juntos.

Por baixo dela, a segunda era quase um choque estético, ante a anterior. O rosto de um oni guerreiro, as presas à mostra, o olhar ameaçador, demoníaco, os traços duros e angulares, toda a presença se tornava ameaça, ele poderia parecer prestes a saltar sobre a presa, a dança já havia até parado. E ali, frente a frente, ela fez reverência à furiosa besta e com as duas mãos e algum esforço, retirou-a, deixando repousar junto à primeira.

A terceira "face" sorria um tolo sorriso infantil, mas deixava escorrer uma lágrima por sobre a bochecha rosada e gorducha. Trazia toda a inocência de quem ainda sorria por sorrir, mas toda a resignação de ter que crescer. Os olhos nessa brilhavam com a explosão de um universo em expansão, um pequeno Big Bang que parecia poder contagiá-la. Quis ficar nela... quis deixar ele ali, daquela forma. Mas as mãos grandes tomaram as suas e levaram seus dedos até aquele elástico fino... e ela a tirou, com grande pesar.

Barro... a argila seca e cheia de ranhuras, a face contorcida em uma dor inominável, que gritava pelo salão e ensurdecia a ambos. Aquela feição escura, deixando soltar poeira, que parecia vir afastá-la. Caía ele de joelhos, sentindo o rosto arder como se em chamas, arranhando aquela testa com as unhas, querendo rasgar a cerâmica do tormento, e em meio ao desespero, tomou em mãos uma pedra. Uma, duas batidas, e as rachaduras aumentavam. Até que aquelas doces mãos tomaram seus pulsos. Pegando aquela pedra, jogando-a longe. E com a mesma delicadeza que lhe retiraram a primeira máscara, foram descascando o barro, revelando o homem.

E essa face contorcida ela escondeu...

Onde?

Ele não sabe.

Mas ela queria um beijo de pele, raro e verdadeiro.


O Grito, de Edvard Munch.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Silêncio... *passos pelo pântano*

E eis que correndo pela vida, tropeçou em uma pedra que não era bem pedra, mas com certeza era bem sólida. Teve de abrir as asas para não cair - sob o tolo e eterno medo de não mais se levantar - e o tropeço pareceu um salto. Virou-se para trás e não viu pedra, ou chão ou planta. Tropeçara, sim, no escudo de outrem, e dessa forma - pela primeira vez em muito tempo - parou pra olhar.

Perdeu o medo do chão ao perceber q só deitado nele conheceria a sombra daquele escudo e os olhos ali escondidos. Sim, o mundo parou pra ele... quis deixar ele olhar.

Leva os toques às asas, de mãos que ao chão conheciam o conforto da lama, como apenas crianças sabem reconhecer. Levanta, forte e novo, como só quem já lhe deu forças sabe q pode ser.

Bebeu do desafio, para banhar-se em sangue. Deixar verter o mundo pelas veias, uma vez mais. Na tola ambição que só este brilho aos olhos pode resguardar.

Desafia... sem gritos, brados ou lâminas erguidas. Desafia, só nas cores do olhar.

Fallen_Is_He_Who_Once_Soared
Fallen Is He Who Once Soared, de 'jezebel on deviantART.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

63g *vozes difusas*

Turbilhão...

A mente perdida entre tantas coisas, tantos momentos e sensações em que o corpo mergulhava, onde parecia que até a pele deixara de ser limite. Por vezes, eu certamente não era eu, ali. Mente levitando em asas, indo olhar tudo de fora, como se num sonho. Me perdia de mil formas, apenas para me reencontrar no instante seguinte, sentindo a volta para atrás de meus olhos.

Entendi pela primeira vez a expressão "corpos celestes", quando notei que tudo ali estava leve demais, flutuando, como se a cada momento o ponto de referência, cerne da relatividade, pudesse mudar ou transformar-se. Se nada há que una a matéria e essa exista apenas das relações entre forças, então naquele lugar haviam átomos grandiosos, acelerados, colidindo pelo espaço fechado.

E na conectividade que faz a matéria, éramos plenos de vazio. Existindo por pouco. E se a alma realmente pesa 21 gramas, ela não voa, mais leve que o ar. Era ali, estava todo o peso do trazer e viver de lembranças, dores, prazeres... todo o peso de um êxtase incessante, da vida que foge a essa medida tão simplória.

Mas no brilho dos meus elétrons, viu-se algo mais... tolo eu, não fechei os olhos.

 
Maelstrom, de ~ZephyrAnalea no deviantART.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Golden Years *de alguma televisão esquecida*

eu-1995

Sempre fui moleque com M de mala. Um fato. Armava das piores para testar meus limites e ver até onde me aturavam, e nossa, tem gente q merece palmas por ter me agüentado tanto. Mas enfim, me chamaram a falar da infância e por isso fico aqui, conjecturando que experiência compartilhar.

Estudei em colégio católico, fiz primeira comunhão e tudo, mas enfim, cresci acostumado aos mesmos lugares e rostos, inclusive ainda moro nesse bairro. Ando pela rua e, criança extrovertida que era, sempre tem alguém que olha pra minha cara e me cumprimenta, ou fala algo do tipo "nossa, te conheço de moleque, né?". Mas o que muita gente não sabe é que minhas memórias começaram em outro lugar.

Sinopi, Mato Grosso. Me lembro de barro, muito barro. Uma cidadezinha que, eu soube, há coisa de menos de 10 anos foi finalmente asfaltada. Também soube que já foi considerada a capital nacional do Motocross. Isso é quanto barro tinha lá! *rs* Mas de lá, me lembro de algumas das histórias mais bizarras, com certeza. Como a vez que chegava em casa, caindo a noite, no carro da Dra (vulgo: mãe) e ela comenta: "Nossa, olha que cachorro enorme tá revirando o nosso latão de lixo!" Quanta gente pode dizer que conheceu uma onça pintada, tão de pertinho? Ah, sim, e meu pai é procurado pelo Ibama. Ou ao menos deveria. Que eu saiba, atropelar um tamanduá bandeira é crime ambiental. Hahahahahahahahaha!

Mas tá bom, tá bom, eu tenho q escolher UMA história, né? Então vou pular de volta já pros tempos de Rio. Sempre adorei meus amigos, todos. Muita gente de colégio eu encontro até hoje, é ótimo - e um dos motivos porque o apelido "Addam" perdura -, mas não dá pra esquecer de todas as festas da escola, os encontros insanos, as madrugadas viradas e as viagens doidas. Fugir da aula pra nos trancarmos na sala de judô do colégio, tirar os sapatos e ficar zoando e rolando pelos tatames. Finais de semana inteiros lá em casa, só jogando vídeo-game (SuperNES comanda até hoje, valew?) e falando besteiras. A adolescência de viradas em "verdade ou conseqüência" e, impossível esquecer, as noitadas de RPG que infernizavam meus pais, com um bando de gente se empolgando na sala, rolando dados e rabiscando fichas.

Ah, quer saber? Não tenho uma história, específica. Dedico esse post a todo mundo que acrescentou alguma peça ao Lego que foi minha infância. E quero me desfazer de meus livros de RPG e vídeo-games antigos... mas sabe q aperta o peito, tentar?

Postei isso aqui a convite da linda Nanda, que sempre vem me dar um abraço cá pelo Palácio. Não vou convidar cinco pessoas pra fazer isso, pq eu mesmo gosto só de responder aos memes q curto. Então quem gostou, fique à vontade e me avise se o tiver feito.

Existem algumas regrinhas para este meme.
Peço o favor que todos a sigam. São elas:
1. Colocar o(a) link de quem o convidou;
2. Escrever um texto sobre lembranças da infância;
3. Postar o selo do meme dentro do artigo;
4. Se possível, colocar uma foto de quando era criança ou adolescente;
5. Chamar cinco amigos para brincar com você.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Inércia. *dos aposentos do Rei*

Tentei acordar, eu juro... fiz de tudo para lembrar-me que o despertador tocava por um motivo, mas esqueci qual ele seria e ali fiquei, sem abrir os olhos nem pra ver o teto. O corpo e as pálpebras tão pesados que bem podia ter tudo desabado em cima de mim. E eu nem ligando. Tentei acordar porque do lado de fora as coisas já se moviam, e eu cá parado.

Pensei se eu podia apelar, sabe? Segundo a relatividade, para todo o resto eu me movia e a inação era deles. Dormir em movimento, só puxar o edredom de volta e ficar ali, quietinho, me deixando ser arremessado pelo espaço, na velocidade absurda q sempre estive em relação ao sol. Fugir dele, aliás. Quero a noite, fria, escura e confortável. Quero mais motivos pra me esquentar, não suar por aí, dentro de um terno pesado, sob os grilhões de relógios de pulso.

E pensei... por alguns minutos pensei. O dedo no botão que desligara o apito irritante. Havia motivos... não um, mas vários. O mundo lá fora é o de um sol cheio de promessas, muitas vãs e tantas tolas, mas algumas interessantes. E foi quando ficar parado começou a me irritar, profundamente. Não sei do que quis fugir, a cama tão confortável e quentinha... mas vazia. Nem o gato ficara deitado, ali, já queria mais da vida. Me olhava, de perto da porta, prestes a miar por mais. Mais comida, mais água, sempre algo mais.

Então quem sou eu, pra aceitar menos?

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