Bem-vindos à nova dimensão... seqüenciador de sonhos online.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Bestiário III *de um tomo antigo e empoeirado*

LENHADOR SENSÍVEL
- humanóide rude, porém sentimental
Habitat: quadrinhos, imaginário feminino e selva de pedra 
Organização: solitária, dupla, com amigos tomando umas
Tesouro: "pegada"

 

Uma espécie de antítese contemporânea para o Príncipe Encantado, o Lenhador Sensível é o seu típico anti-herói, com um lado que poucos (ou poucas sortudas) conhecem. Ele sabe fazer o tipo badboy, mas só porque já sofreu o suficiente nas poucas vezes que deixou a guarda baixa. Lágrimas dele são pouquíssimas, mas valem ouro nas fantasias das mulheres que buscam esse mito não apenas por sua aparência rude, mas pela possibilidade de quebrar-lhe a fachada dura e encontrar lá dentro algo mais pulsando além de seu vigoroso machado. (trocadilho dispensável à lenda... mas eu fiz mesmo assim)

Os ombros largos e o rosto àspero, da barba que já está lá poucas horas depois da lâmina, são traços que supostamente tornam simples reconhecer este ser mitológico. A postura de "tô nem aí" e o olhar de lobo solitário são algumas características mais sutis, porém igualmente importantes. Em certas fantasias, ele é como o homem de lata, procurando um coração. Em outras, ele mesmo o arrancou fora, por causa de alguma decepção profunda que, cito, "TODAS lhe causaram e só eu posso curar". No fundo, não há cura para a condição desta besta mítica. Ele É assim. O que prova tão somente mais um traço da eterna insatisfação feminina.

Suas armas são seus braços fortes, as pernas idem, as mão grandes e a capacidade de parecer "um tanto rústico" (e estranhamente bem-alinhado), quando veste um terno. Mas sua característica mais marcante, indiscutivelmente é A PEGADA. Ele sabe como derreter uma mulher só com a força de seus dedos e seu olhar, quando quer.

Existe apenas uma mulher capaz de salvá-lo de sua eterna condição supostamente fria e inconseqüente, e todas que o buscam têm certeza de que são elas mesmas. Entretanto, como um ser nada assexuado, ao contrário do emo Encantado, ele está só buscando preencher algum vazio que, elas afirmam, está lá.

Outra importante característica do lenhador sensível é sua capacidade de enfiar a porrada sem pensar duas vezes no assunto. Dentre exemplares mais famosos, podemos citar Wolverine, Nick Fury, o Lobo Solitário, Sean Connery, William Wallace, Van Helsing (Hugh Jackman tá em todas, não?), Duke Nukem... ok, a lista é enorme.


The Woodsman's Pain by *wb-skinner, on deviantART

 

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Veja também:
Bestiário I: Príncipe Encantado
Bestiário II: Princesa Pornô

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Lorde Addam X Troll *sons de batalha*

Os gritos ecoam em meio às sombras, de onde levanta-se um estandarte de sólida e rústica madeira, apoiando um imenso painel de pedra talhada e trabalhada em poucas côres. Trombetas soam e reverberam pelas paredes, anunciando que os andares inferiores do Palácio Elétrico foram tomados, enfim. O Rei Troll ri de forma canhestra, caminhando próximo ao pé das escadas, os olhos ainda tomados da incontida fúria, em meio a um rugido que não parece desafiar seus invasores, mas querer acolhê-los.

BDSM

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Bondage, Dominação e SadoMasoquismo [BDSM]. É um dos diversos significados do símbolo acima. Ele tbm representa a tríade de fronteiras que separa a prática fetichista BDSM dos meros crimes de violência doméstica ou estupro: São, Seguro e Consensual [SSC].  As interpretações filosóficas, entretanto, parecem ser as mais esdrúxulas. Já ouvi que representaria "o bem, o mal e a dor". Claro que o taoismo pensava em tais termos tão maniqueístas. *rs* Gosto, entretanto, da noção de masculino, feminino (essas sim, presentes no ying-yang) e algo como uma terceira força indefinida, na dor e na dominação, que vá além de simplesmente reger as relações entre os dois primeiros.

De qualquer forma, um símbolo é só um símbolo (meu velho professor de Teoria da Comunicação me mataria, agora), se quem o acessa não considera suas possibilidades e motivos. (me redimi, professor?) Só por um segundo, que não se considere tais práticas como atos de violência, já ajuda. Existem regras e termos acordados entre duas ou quaisquer mais partes envolvidas. A beleza do ato está em como o espírito do Dominador se faz refletir no sublime ato de submissão daquela que se entrega em suas mãos.

O poder não é via exclusiva, mas uma troca entre as partes. De um lado, se dá a atenção e o gesto de moldar e tornar seu, mas mais do que isso, de manter algo seu. O esforço mental de apreender a outra pessoa e com isso aprender a contorná-la, envolvê-la e por fim acorrentá-la à sua vontade, mas de uma forma fluida, em que as amarras parecem se tornar tão somente parte da pele. Mas esse lado também entrega algo de si: a vigília. É dar ao dominado o poder de se policiar e dar-lhe a confiança para ser aquilo que lhe é esperado. Entrega-se ainda as próprias fraquezas. Parece tolo, mas não é. Não falo aqui que a relação Dominador/submisso seja necessariamente sentimental. Muitas vezes não o é. Mas o Top se expõe de uma forma curiosa, para aqueles que resguarda em suas coleiras. Um bottom consciente e com alguma esperteza e/ou experiência é capaz de levantar em desafios que , superados, ajudam no crescimento de ambos, em seus papéis, e a reafirmar a posição de cada parte.

O ato da entrega, o gesto de posse e a dança tão intensa, entre predador e presa, são para os que dessa forma se envolvem uma troca de sensações, perversões e momentos que se estendem para bem além das quatro paredes ou dos gestos em si. Imprimem marcas, conceitos, modos e novas perspectivas, em uma simbiose prazeirosa.

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E os dois Monstros se deparam no salão do Castelo. Este Andarilho ousa apenas narrar, pois a mera troca de olhares parece carregar o ar. O Troll avança, em passos resolutos que fazem tremer o chão de pedra. O Lorde em meio às suas sombras apenas sorri de uma forma que me traz um calafrio intenso, deixando-se caminhar por entre os servos que lhe refletem o ar de tamanha ameaça. E ao centro do salão, encontram-se, o imenso ser azul e um homem de sobretudo negro, portando sua espada reluzente e aquele olhar como sua maior arma.

O rugido que segue, do furioso imperador azulado, não traz raiva ou confrontamento. De seu sorriso canhestro, o Rei Troll urra para receber seus convidados.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Eu, zumbi. *infectado por uma mordida*

VOCÊ SABE QUE ESTÁ FICANDO LOUCO NO SÉCULO XXI QUANDO:

1. Você envia e-mail ou MSN para conversar com a pessoa que trabalha na mesa ao lado da sua; [já trabalhei num lugar onde recebia ordens pelo MSN, de uma pessoa q se sentava a menos de dois metros de mim]

2. Você usa o celular na garagem de casa para pedir a alguém que o ajude a desembarcar as compras; [interfone é tão demodê, mesmo!]

3. Esquecendo seu celular em casa (coisa que você não tinha 10 anos atrás), você fica apavorado e volta buscá-lo; [sem celular eu me sinto nu, abandonado e carente. dá licença?]

4. Você levanta pela manhã e quase que liga o computador antes mesmo de tomar o café; [no meu caso, não é "quase". eu ligo sim o notebook antes de tomar café]

5. Você conhece o significado de naum, tbm, qdo, xau, msm, dps...; [faltou o vc, o tc, o kd...]

6. Você não sabe o preço de um envelope comum; [acho q não sabia isso nem antes da internet, verdade seja dita]

7. A maioria das piadas que você conhece você recebeu por e-mail (e ainda por cima ri sozinho...); [errou nessa... Anedotas do Bichinho da Maçã ruleiam!!!]

8. Você fala o nome da firma onde trabalha quando atende ao telefone em sua própria casa (ou até mesmo o celular !!); você digita o '0' para telefonar de sua casa; (essa é a melhor de todas!) ["Instituto de Olhos, boa t... ah, foi mal cara. Esqueci q tô em casa"]

10. Você vai ao trabalho quando o dia ainda está clareando, volta para casa quando já escureceu de novo; [acho até q o sol já deixou de existir]

11. Quando seu computador pára de funcionar, parece que foi seu coração que parou; [e meu cérebro funde pra calcular 2+2]

11. Você está lendo esta lista e está concordando com a cabeça e sorrindo; [q posso fazer? é verdade]

12. Você está concordando tão interessado na leitura que nem reparou que a lista não tem o número 9; [pois é, né...]

13. Você retornou a lista para verificar se é verdade que falta o número 9 e nem viu que tem dois números 11; [ok, tô começando a me sentir mongol]

14. E AGORA VOCÊ ESTÁ RINDO CONSIGO MESMO; [na primeira vez eu gargalhei sério, aqui]

15. Você já está pensando para quem você vai enviar esta mensagem. [pior que isso, tô postando no blog!]

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Eu quase nunca repasso bobeiras que recebo no e-mail. Mas essa listinha mereceu. Ainda estou rindo, aqui, sozinho.

domingo, 20 de julho de 2008

Viva e deixe... *sussurrado pelo andarilho*

Venham, os curiosos e corajosos.

Abro a porta lateral do agora obscuro Palácio Elétrico e desafio aqueles que decidirem vencer a escuridão, pelas masmorras úmidas e bolorentas, a me seguirem em direção à biblioteca, onde o que resta de luz das palavras do Rei Troll ainda perdura, jamais vencida pelos sombrios seres do mundo. As escadarias são longas e traiçoeiras, cada passo é um ato de tenacidade. Atravessemos o labirinto de espelhos, em direção à torre da esperança, onde os antigos tomos repousam.

Cautela, viajantes... a maior parte do Palácio é agora lar de sombras e monstros terríveis. E o Rei percorre sonâmbulo todos os seus salões. Sintam o tremer de seus passos e saibam estar longe, quando se aproximarem demais. Abram cada tomo com todo o cuidado, vejam o que quiserem... mas pisem leve. E ouçam mais estas palavras de aviso...

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Eu acho curioso perceber a quantidade de gente que sabe viver! Não, é sério... sempre que você está chateado ou com algum problema, descobre como tem gente à sua volta que sabe exatamente onde você errou e o que deveria fazer ou ter feito. Ah, normalmente são as pessoas que também repetem um bocado o quanto não gostam de dar conselhos. Ironia é fogo.

Mas ao menos fica fácil notar que nada pelo que se está passando é novo, sabe? Existe uma multidão que já passou pelas exatas mesmas situações e sensações e esse povo todo de alguma forma caiu na sua vida, possivelmente pra te ajudar. O universo é realmente tão redondinho e previsível, afinal. Aliás, ai dos que me chamarem ingênuo! Eu só não creio em coincidências, não é mesmo?

De qualquer maneira, opinar é um esporte, certo? Se não é, parece. Tem gente que parece só esperar você abrir a boca pra vir tentar se provar mais sábio e experiente. Desautorizar toda a sua situação com uma frase feita do gênero: "o que não te mata, te deixa mais forte", ou "dor é uma coisa psicológica". Tudo bem, então fecha os olhos e me deixa arrancar seu braço fora, vamos ver o quão psicológico é isso, meu amigo. Fora que se estancar o sangramento rápido, você não morre. Fica mais forte, palmas pra vc. Concordo, essas frases lá têm sua hora certa. Mas tem horas que elas não são exatamente o tipo de ajuda que se espera.

Sabe ouvir? Basta. É sério! Muita gente precisa pagar alguém, um terapeuta, só pra ter quem as ouça sem ficar dando pitaco a cada dois segundos. É pra sair do sistema, é pra tirar as coisas da cabeça e algumas vezes ouvir o quão ridículas podem soar as próprias palavras. De resto, passa. Falar sobre si mesmo é meditar nas próprias atitudes.

sábado, 12 de julho de 2008

Até logo... *pichado no portão*

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E os portões do Palácio Elétrico estalam ao bater do metal e o girar de tantas correntes. Os trincos dos cadeados tilintando alto pelo vale árido que um dia fôra seu domínio. Os salões silenciando-se e aprisionando seus inertes moradores. E lá de dentro, por trás de tudo o que agora paraliza-se no tempo, os olhos do Troll observam com um tom frio e amargo enquanto os últimos espíritos voltam a adormecer entre as paredes de sua gigantesca caverna.

As sombras vindo cobrir a construção nuclear, como se pudessem fazê-la desaparecer no tempo, agora que suas luzes começam a se apagar. Mas o Rei ordena apenas algum tempo para só ali estar. Para ser ele mesmo... para deixar de existir.

O Troll fecha seus olhos e o castelo mergulha às sombras da noite. Até que seu Senhor novamente desperte. Se levarão dias, semanas ou meses... se ele sequer despertará, é impossível saber.

De sua sombra, um andarilho agora trilha passos para longe do pináculo Elétrico. Para além do Jardim das Emoções ou da Ponte Arco-Íris...

 

Até logo... Palácio Elétrico.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

haikai XX *no quadro, com giz*

acertar todas
mas na caçapa errada
minha frustração

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segunda-feira, 7 de julho de 2008

Freak on a leash *atrás do cartão de visitas*

Auditório 5. O quê diabos eu tô fazendo aqui? Tanta gente me olhando, um mundo de cadeiras sob o peso atento e todas aquelas canetas erguidas sobre pedaços de papel, esperando que eu fale algo. Quem são todas essas pessoas? O quê elas esperam? Que solução eu tenho pra tanta gente assim?

É enquanto os lábios se movem que percebo que sou eu ali no meio, andando por entre fileiras de cadeiras lotadas, deixando as grandes mãos e garras abrirem caminho pela multidão distraída. Parece que só eu noto, o monstro imenso e azul que devasta o auditório em uma sede furiosa de sangue e terror. Ele se frustra, ao ver que não consegue gritos ou sequer o eventual susto. Temo pelo que mais ele possa fazer, enquanto o microfone amplifica meus mantras tão bem ensaiados e toda a sorte de previsões que os gráficos atrás de mim devem comprovar.

As canetas se movem, os olhares se tornando penetrantes a um ponto que parece que buscam qualquer falha, qualquer deslize, menor que seja, em minha voz ou meus gestos. A besta vai perdendo força, aos poucos, vendo que seus golpes e todo o sangue que corre nada fazem àquelas pessoas. A confusão em seu semblante, ante tamanha concentração. E aqui, na frente, minhas palavras se degladiam com todos esses olhos, lentes e intentos... e interesses.

Um terço da platéia jaz em pedaços ou esvai-se em sangue, quando o imenso monstro percebe que essa batalha não será vencida por ele e finalmente busca, também, uma cadeira para sentar-se. O local aos poucos recompondo-se, do que pareceu mero incômodo e passou.

Tanta gente... a mão já parou de tremer e a voz enfim se firmou, mas mesmo assim a tensão continua. Essa adrenalina que faz a mente superar qualquer ensaio e atacar exatamente como deveria. Os olhares de dúvida e desafio caindo, um a um. Em seus lugares, um ar de compreensão e iluminação. Acenos de cabeça em concordância.

Já não sei mais se sou eu quem fala, mas sei que até a besta parou pra ouvir. Há um breve delírio, um estado de superação em que decido que sou Deus. Por algum motivo, todos ali têm que me ouvir. E é quando estou prestes a deixar o monstro tomar o microfone que o último slide na projeção me lembra algo muito importante. Meu nome... e como me encontrar.

cracha 

Só duas palavras: Missão cumprida. *fanfarra de vitória*

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Chocolate Belga *em um rótulo rasgado*

Já tentei gostar de baunilha. De verdade, sabe? É simples e razoavelmente agradável, um sabor que a boca não precisa se esforçar muito em gostar. Sem a intensidade do chocolate ou as sutilezas do morango, baunilha simplesmente é e ponto final. A única novidade que vai encontrar ali é aquela que você jogar em cima, afinal.

Acho que tem algo a ver com comercial de margarina. Filho, sucrilho e cachorro? Pois é, margarina é uma dessas coisas absurdamente ´baunilhas´, da vida. Aliás, eu duvido que se aquele paizão que aparece na tela tiver perdido o emprego um dia antes, deixar o labrador pular em cima da cama de manhã bem cedo seja uma boa idéia. “Papai hoje está num dia manteiga, filho.” Esse, possivelmente, vai querer sorvete Crunch, no jantar, e eu compreendo os seus motivos. Há um limite do quanto calda, chantilly e granulado conseguem enganar o paladar, ao longo do tempo. Tem quem ature flocos, mas esse eu já acho tão ‘fake’. Ele é tipo um chocolate enrustido, com medo de contar aos pais e assumir que ele tem sabor de alguma coisa. Ainda assim, ele ao menos tem certa graça, mesmo que não seja lá muito autêntico.

A grande verdade é que eu me esforcei em tentar ficar só com o de baunilha. Sei lá que teimosia me tinha batido, mas eu tentei o quanto pude e até que durou um tempinho. Já estava até comendo meu pão com margarina e me forçando a acreditar que granola não era algo apenas para pássaros, jogando o treco no iogurte. Estava prestes a começar a pedir à empregada que toda manhã servisse o café da manhã com tudo o que tivesse a ver, na mesa da sala, mesmo aquelas coisas que você compra pra provar e nunca mais come.

Mas algo me travou, no meio disso tudo: eu odeio cachorro. E a cada novo passo que eu dava em direção àquele mundo ‘default’ da televisão, a cada nova colherada de sorvete cor de creme, eu via aquele labrador – um golden retriever, pra ser mais exato –chegando mais perto. Foi aí que me dei conta... eu não quero um cachorro! Eu odeio sucrilhos! EU NÃO SEI DORMIR SÓ DO MEU LADO DA CAMA! Eu quero meio-amargo, muito amargo, quero brownie, pistache e café!!! Crocante, que seja, pelamordedeus! Que coisa chata, esse gostinho de baunilha!

...

E de qualquer maneira, todo sorvete é uma melação só! O que interessa é se você se divertiu, comendo.

 

 
vanilla by *sayra on deviantART

terça-feira, 1 de julho de 2008

Tambores de Guerra *ecoando pela caverna*

E caminhando pelo seu Domínio, o Troll percebe os ventos da mudança. A forma como vão soprando para dentro e fora do Palácio, como se a caverna respirasse, por conta própria.

O mundo começa a erguer novos desafios e o Rei Troll caminha até seu trono, em busca da velha e desgastada espada, que ainda mantém sua resiliência, apesar de tantos embates que já se lançaram em marés, para desafiar arma e guerreiro. É nestes momentos - do último suspiro antes do salto - que o imenso ser medita sobre aquilo que o rodeia... o que o define, até ali. E o que precisa fazer, para a próxima vitória.

Olhar em volta... nada pode atrapalhá-lo.

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Na jukebox:

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Serj Tankian - Ellect the Dead
Para quem não reconhece o nome, Serj é o vocalista do System of a Down. Esse CD solo, com o vozeirão que o cara tem, me pegou pela orelha já nos primeiros 10 segundos e não largou mais.


Front Cover
The Offspring - Rise and fall, rage and grace
Há tempos a banda andava devendo um CD assim. Embora Splinter tenha sido um bom álbum, ainda faltava algo que fugisse à linha iniciada com o comercialíssimo Americana.

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Na tela:

wall-e-poster3[1]
WALL-E
Uma das melhores animações que já fui conferir no cinema, esse longa metragem não está aí para fazer amigos. Ele tem uma história a contar e algumas críticas a fazer, e não faz muita questão de ser sutil. Com seus momentos "ha-ha-ha" para divertir a criançada, é um necessário tapa na cara das gerações mais avançadas. Eu recomendo, certamente. Ah, sim, quase esqueci de algo... *pegando a escopeta e indo matar o Bonequinho crítico*

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Na prateleira:

dungeons-dragons-the-4th-edition-interview-20070910023215001-000[1] dungeons-dragons-the-4th-edition-interview-20070910023240375-000[1]
Dungeons & Dragons - quarta edição
Se você não sabe o que é D&D, meus parabéns. Você provavelmente não passou boa parte da sua adolescência trancado em salas escuras, rodeado de gente tão estranha quanto você, olhando papéis, folheando tomos de regras e monstros madrugada adentro, rolando dados estranhos, muito além dos cúbicos poliedros de WAR e Banco Imobiliário. O mais famoso RPG (não, seu fisioterapeuta não faz esse) do mundo chega à sua quarta edição deixando um gosto estranho à boca dos jogadores mais antigos e xiitas. Muitas mudanças, um sistema de regras e personagens totalmente novo, muito com o q se acostumar e o que aprender.
Meu veredicto? Após três madrugadas já perdidas imerso no novo sistema, eu gostei. Acho que o jogo ficou mais sincero em seus objetivos, embora a interpretação pareça ter ficado de lado. A verdade é que muitos grupos já não ligavam tanto para a interpretação e queriam mesmo ver os dados - e a porrada - rolando. A meu ver, o jogo decidiu descomplicar as cenas de pancadaria, que é onde a regra realmente manda, e conseguiu. O resto, a interpretação e o clima da história (na opinião deste que vos fala, o mais importante), estão, como sempre estiveram, nas mãos do Mestre de Jogo e dos jogadores.

 

AnnoDomini
Anno Domini - Manuscritos medievais
Essa é a terceira coletânea a figurar um texto meu, será lançada dia 19/07, às 18h, na Casa das Rosas, em Sampa. Infelizmente, não poderei viajar até lá para participar do lançamento, mas quem quiser comparecer ganha a chance de adquirir a antologia de contos medievais a um preço um pouco mais barato. Aliás, no livro eu figuro como ADDAM, não Troll. *rs*

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Na cabeça:

O quê meu eu adolescente pensaria de quem eu me tornei? Será que me encheria de paulada? Mas eu fico bem demais de terno, afinal. E ei, a alma sempre será metal.  Será q eu fico bem, dançando de gravata? Ou serei desajeitado feito um macaco de terno? Acho q depende da gravata. Já sei onde estou. Já sei quem sou eu. Mas acho q nunca terei certeza de onde vou.
E se..........................................
......................... talvez......
............. ou...............
Ah, FODA-SE!
*zen*